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domingo, 7 de junho de 2020

Entre o Espanto e a Resistência: A Crônica de uma Democracia em Xeque


Entre o Espanto e a Resistência: A Crônica de uma Democracia em Xeque

Por Pedro Claudio jornalista

Nos últimos anos, o Brasil tem vivido um turbilhão político, jurídico e midiático que colocou em xeque as estruturas da sua jovem democracia. A sensação de ameaça iminente à ordem democrática, para muitos, não é fruto de redes sociais ou teorias conspiratórias, mas sim do que se viu, ao vivo, em rede nacional. A televisão, em especial a TV Globo, desempenhou um papel central nesse processo — muitas vezes controverso, outras vezes decisivo.

A emissora mais influente do país assumiu um tom editorial implacável com o Partido dos Trabalhadores (PT). A cobertura extensa e incisiva da Operação Lava Jato associou, com insistência, o partido ao epicentro da corrupção nacional. Ainda que os desvios tenham atingido diversas siglas, o foco recaiu sobre o PT, empurrando-o para o descrédito popular. Mesmo assim, Fernando Haddad chegou ao segundo turno nas eleições presidenciais de 2018, o que mostra que a polarização já havia se instalado de forma profunda.

Do lado do próprio PT, as críticas também são severas. A legenda, segundo essa leitura, não conseguiu separar o joio do trigo dentro de sua estrutura, tampouco apresentou uma autocrítica convincente. Em vez de reconhecer erros concretos, preferiu contestar denúncias mesmo diante de provas robustas. Um comportamento que minou ainda mais sua credibilidade e o afastou de parte do eleitorado que ansiava por renovação e transparência.

O Judiciário, que deveria ser o guardião da imparcialidade, também teve seu protagonismo questionado. O então juiz Sérgio Moro, alçado a herói nacional, condenou e retirou da disputa presidencial o ex-presidente Lula, em uma decisão que anos depois seria anulada. Sua posterior entrada na política e nomeação como ministro do presidente beneficiado pela sua decisão judicial lançaram sombras sobre sua imparcialidade. O que poderia ter sido um legado de combate à corrupção virou um caso emblemático de conflito de interesses.

Nesse cenário, emergiu um novo líder. Com uma retórica simples e agressiva, alinhado a pautas conservadoras, especialmente as defendidas por setores evangélicos, Jair Bolsonaro encontrou espaço no vácuo deixado pelos partidos tradicionais. Sua estratégia incluiu críticas constantes à mídia, promessas de ruptura com “tudo isso que está aí” e ataques sistemáticos aos movimentos sociais e instituições democráticas.

O resultado foi um governo que, em muitos momentos, flertou com o autoritarismo. Ministros hostilizaram governadores, ameaçaram integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), e tentaram instrumentalizar a pandemia de covid-19 para ganhos políticos. A retórica agressiva contaminou o debate público e empurrou o país para um clima de permanente tensão.

Diante desse quadro, a comunicação virou campo de batalha. O que antes era considerado verdade passou a ser tratado como manipulação; o que era inaceitável virou rotina. Vivemos um tempo onde se questiona até mesmo os fundamentos do Estado Democrático de Direito — com setores da população pedindo o retorno de uma ditadura e atacando as instituições republicanas.

O Brasil se encontra diante de uma encruzilhada histórica. A história que será escrita nos próximos anos dependerá da capacidade de reconstruir pontes, valorizar a verdade, restaurar a confiança nas instituições e revalorizar a política como instrumento de transformação — não de destruição.

Como diz o velho ditado, “quem viver verá”. Mas é preciso estar atento e forte. A democracia não é um dado, é uma conquista diária. E ela, hoje, está mais ameaçada do que nunca.

sábado, 9 de maio de 2020

Ex-Prefeito de Iporá, pré candidato é condenado

Danilo Gleic, prefeito de Iporá na gestão 2013-2016, foi condenado em primeira instância pela justiça em processo referente a um caso ocorrido em seu mandato e denunciado pelo ministério público em 2016.

A decisão foi proferida pelo titular da 1ª Vara Cível e Criminal da comarca de Iporá, juiz Samuel João Martins que acolheu a argumentação do Ministério Público de Goiás de que o então prefeito Danilo teria deixado de cumprir ordem judicial, ele foi condenado a 11 meses de detenção em regime aberto, mas a pena privativa de liberdade foi substituída por uma restritiva de direito consistente na prestação de serviços à comunidade.

Os promotores de justiça da procuradoria de Justiça Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos alegaram que o então gestor não explicou à época o motivo da recusa ou da impossibilidade, devido a isso foi denunciado.

SOBRE o caso

A pedido do MP-GO a justiça ordenou que o município de Iporá providencie tratamento psiquiátrico a uma criança, então com 6 anos, inclusive com atendimento psicológico clínico por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), com o devido acompanhamento psicossocial de toda a família.

A sentença saiu, quinta-feira, dia 07 de maio de 2020, conforme a notícia publicada no site do MP.

Os advogados Tauã de Paula Rosa e Claiton Alves dos Santos, que estão realizado a defesa de Danilo Gleic, em nota, criticaram a sentença, e afirmaram que o ex prefeito cumpriu com sua função de gestor e não possui culpa, pois remeteu a decisão para seus assistentes técnicos para cumprirem com a determinação. Os advogados vão recorrer, e estão confiantes na absolvição.

Diz a nota:

“Trata-se de uma decisão proferida no ano de 2014, em que o juiz determinou que a Prefeitura de Iporá promovesse uma avaliação psiquiátrica em uma criança, e, se fosse o caso, já iniciar os tratamentos médicos.

Ocorre que Danilo Gleic, à época em que era prefeito, ao receber os mandados de intimação, já remeteu para as assistências social e jurídica para dar cumprimento a determinação judicial, exercendo, a sua função de gestor municipal.

O chefe do Poder Executivo municipal possui assistências técnicas para conseguir prestar um serviço público com qualidade e, por tais razões, é preciso descentralizar tarefas, motivo pelo qual é essencial remeter os mandados para os assistentes competentes à cumprirem com a imposição judicial.

No caso em apreço, os servidores do CREAS (Centro de Referência de Assistência Social) estavam com estrema dificuldade em localizar a criança e sua genitora para o acompanhamento, e isso foi devidamente justificado, por ofício, ao juiz que proferiu a decisão. E mesmo com dificuldades, o CREAS realizou o acompanhamento psicossocial à criança.

A Prefeitura de Iporá, por meio do Hospital Municipal, solicitou autorização para o Hospital São Cotollengo, em Goiânia, a fim de acompanhar a criança com diagnóstico inicial de transtornos hipercinéticos, já que o município não detinha médico especializado, nem mesmo na saúde privada tinha especialista. Com isso, a criança entrou na fila de espera, mesmo com solicitação de vaga feita com urgência.

Assim, não houve descumprimento por culpa do Prefeito Municipal, que exerceu com sua função de forma correta, tanto é que além deste processo criminal, existe outro que está tramitando na área cível pelo mesmo fato, em uma ação de improbidade. Neste processo cível, Danilo Gleic teve julgamento favorável, e mesmo com recurso do Ministério Público, o Tribunal de Justiça manteve decisão a seu favor, justamente por ter cumprindo com sua função de gestor municipal.

A defesa, assim que for intimada, vai recorrer ao Tribunal de Justiça, e como no outro processo, tem certeza da absolvição de Danilo Gleic.

Tauã de Paula Rosa (OAB/GO n. 49038)

Claiton Alves dos Santos (OAB/GO n. 12118)”.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Iporá- Goiás Keilão assume presidente da Câmara de Vereadores




Prefeito, vice e vereadores de Iporá.
Mesa diretora 2019

Até 31 de dezembro de 2019 a mesa diretora da Câmara de Vereadores de Iporá será conduzida por Kelio Pereira Borges, conhecido Keilão do PHS, que terá a companhia do Vice – Suélio  Gomes da Silva do PTN, do primeiro Secretário Samuel Martins de Queiróz r do SD 2º e secretário Paulo Cesar Martins Rodrigues conhecido Paulo Maisena do PDC. Eles foram empossados em solenidade ocorrida no dia 1º de janeiro 2019.
A eleição de Keilão não foi unanimidade, 6 dos 13 vereadores não votaram, segundo o eleito, Keilão, em entrevista às rádios Rio Claro AM e Felicidade FM, sua vitória se deve a grande articulação e à gratidão do vereador Aurélio Fábio do PTB. Aurélio chegou a comprometer seu voto com o outro grupo, mas segundo Keilão, o fato de ele ter dado apoio a Aurélio em sua campanha para deputado foi primordial para conseguir a adesão do colega.
Na sessão solene que marcou a posse, discursaram o Vereador Paulo Alves pela oposição e o Vereador Divino Liandro (Pirigoso) pela situação, além do Professor Jerônimo Brito da Subsecretaria Regional de Educação e o Prefeito Naçoitan Leite. Todos elogiaram o mandato de Suélio Gomes como Presidente em 2018 e desejaram que Keilo continue o bom trabalho e haja harmonia entre os poderes para o bem estar da população.
O novo Presidente agradeceu o incentivo e apoio de sua familia e garantiu que não haverá mudanças na forma como a gestão anterior estava conduzindo os trabalhos; se possível haverá melhoras. Confirmou a continuidade das assessorias jurídica e contábil, além do importante serviço realizado por cada um dos assessores.
Keilão com seus pais
Os trabalhos legislativos retornam em fevereiro, sendo as sessões na semana de 11 a 15. Além de Keilo Borges como Presidente, foram empossados Suélio Gomes como Vice-presidente, Samuel Queiroz como 1º Secretário e Paulo César como 2º Secretário.

 Colaboração: Enio Dionatam assessor de comunicação.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Iporá Goiás - Vereadores define Keilão como presidente da câmara.



Surpresa marca eleição da mesa diretora da Câmara de Iporá: Kelio Borges é eleito presidente

Por Pedro Claudio

Em uma disputa marcada por intensas articulações políticas e equilíbrio nas votações, a Câmara Municipal de Iporá elegeu, neste domingo, o vereador Kelio Pereira Borges (PHS), conhecido como Keilão, como novo presidente da Casa de Leis. Ele sucede o atual presidente, Suélio Gomes da Silva (PTN), e assume a liderança em um cenário que surpreendeu, já que seu nome não figurava entre os cotados para a sucessão.

A eleição foi disputada entre duas chapas. A primeira, denominada Transparência, foi encabeçada pelo ex-presidente da Câmara Wenio Lima de Jesus (PSD), o Pirulito Mecânico. Já a segunda, chamada União, força e trabalho, foi liderada por Keilão, que contou com o apoio direto do chefe do Poder Executivo.

O resultado foi apertado: a chapa de Keilão venceu por 7 votos a 6, confirmando a expectativa de uma disputa acirrada.

Composição das chapas

  • Chapa Transparência – Gestão com Resultados

    • Presidente: Wenio Lima de Jesus (PSD)

    • Vice: Marinho Oliveira da Mata (DEM)

    • 1º Secretário: Paulo Alves (PT)

    • 2º Secretário: Eder Manoel (PTB)

  • Chapa União, força e trabalho – Dedicação e Transparência 2

    • Presidente: Kelio Pereira Borges (PHS)

    • Vice: Suélio Gomes da Silva (PTN)

    • 1º Secretário: Samuel Martins de Queiroz (SD)

    • 2º Secretário: Paulo César Martins Rodrigues (PTC)

Como votaram os vereadores

Votaram na chapa vencedora de Keilão: Adriano Coutinho, Aurélio Fábio, Divino Liandro, Kelio Borges, Paulo César Martins, Samuel Queiroz e Suélio Gomes – totalizando 7 votos.

Já a chapa de Wenio recebeu os votos de Carmo Freitas, Eder Manoel, Eurides Laurindo, Marinho da Mata, Paulo Alves e do próprio Wenio, somando 6 votos.

Perfil do novo presidente

Comerciante de 42 anos e vereador em seu primeiro mandato, Keilão é casado com a filha de Jerônimo Brito, atual coordenador regional de Educação, que acompanhou a votação no plenário. Sua eleição reforça a influência do Executivo na definição da nova mesa diretora.