domingo, 9 de dezembro de 2018

Iporá Goiás - Rede de proteção ao idoso, é preciso garantir a aplicação da lei que gera qualidade de vida.


A população brasileira está envelhecendo, os estudos revelam dados interessantes neste sentido. Segundo dados oficias, em 2012 os idosos eram 11,5% da população e em 2050 será de 22,5 por cento. Promotor de justiça Cauê Alves Ponce Liones em entrevista às rádios Rio Claro AM e Felicidade FM diz que o direito do idoso é um direito personalíssimo, mas é pra envelhecer com qualidade de vida, com saúde, e para que isso aconteça é preciso tratar o assunto com seriedade. É o zelo pela sociedade!


Promotor Cauê Ponce
Em Iporá, a rede de proteção ao idoso composto por membros da Secretaria da Saúde, Assistência Social, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), polícia civil, militar, bombeiros, Conselho Tutelar, conselho do idoso, Poder Judiciário e Ministério Público são mobilizados para estudar os direitos dos idosos. O juiz Samuel João Martins, da 1ª Vara Cível, Criminal e da Infância e da Juventude da comarca de Iporá, tem essa preocupação.

A Constituição Federal, o Estatuto do Idoso de 2003 amparam essa numerosa parcela da sociedade, agora o desafio da rede é transformar em realidade na vida prática o que está escrito, mas essa não é uma tarefa fácil.

Convidado a proferir uma palestra sobre o assunto, o promotor de justiça Cauê Ponce disse que existe uma forte ligação entre o estatuto do idoso e o estatuto da Criança e adolescente, o primeiro se baseia em muito no segundo, assim como a criança e adolescente tem direito a proteção integral do estado o idoso também tem. Mas na fila do atendimento médico a preferência é do idoso ou da criança? O promotor esclarece que ambos tem o mesmo direito, neste caso o profissional de saúde terá que avaliar o caso concreto sobre quem deverá ser atendido primeiro. Essa foi uma orientação passada no encontro ocorrido na sexta-feira, 07/12 na sala de júri do fórum. 
O promotor defende uma conscientização ampla da sociedade sobre as políticas públicas, todos tem a ganhar com o conhecimento. Um fato desconhecido da grande maioria, explica, é a instituição de uma família acolhedora para idosos em situação de vulnerabilidade, essa família pode ficar com o idoso por um tempo determinado, assim como acontece com crianças e adolescentes.



Juiz Samuel
São reuniões periódicas que acontecem, explica o juiz Samuel, segundo disse, não se trata de uma preparação para garantir o cumprimento da lei, mas uma ação para garantir maior efetividade na atuação do poder público municipal no atendimento dos casos envolvendo idosos que precisam de uma atenção. O magistrado disse em entrevista à nossa reportagem que “se hoje você está aqui, alguém cuidou de você, e esse idoso faz parte da história de casa um. É preciso garantir qualidade de vida ao idoso, é questão de fazer justiça”. O Juiz Samuel Martins vê que a população precisa ver com outros olhos a situação do idoso, trata-lo com mais respeito. 





Madalena Cardoso do serviço de convivência e fortalecimento de vinculo da pessoa idosa do município, e membro do Conselho do idoso pela igreja Católica avalia como altamente positivo esses encontros propiciados pelo poder judiciário, diz ela que são muitas dúvidas esclarecidas no campo jurídico e que vão facilitar a adoção de novas práticas a assistência ao idoso. Madalena Cardoso é coordenadora da Vila Vida e Vila Nova que abrigam pessoas idosas, e segundo ela, muitas coisas deixam de ser feitas por pensar na possível ilicitude, mas agora pode correr atrás de algumas ações benéficas, e cita a possibilidade de buscar a responsabilização da família para não cortar vínculos.