Advogado tenta na justiça,
que CELG retire rede de alta tensão que passa sobre casas em Iporá e oferece
risco de morte para todos. Na ação, o advogado João Antônio Francisco (foto) pede a esta empresa do setor elétrico que promova
essa remoção. Segundo o advogado, são cerca de 90 propriedades em risco e que
essa retirada seria a realização de um sonho dos moradores. A CELG quer o
contrário, que os moradores saiam debaixo da rede, mas o advogado disse que a
reintegração de posse pedida pela empresa não tem razão de ser.
Segundo ainda o advogado, 5
pessoas morreram em Iporá em função da rede de alta tensão, ele argumenta a
legalidade dos moradores porque eles tem escritura dos terrenos, inclusive com
energia elétrica, e isso, na opinião da defesa, já é prova de que quem deve
deixar o local é a CELG e não os moradores.
A rede foi construída ainda
no governo Emílio Garrastazu Médici (1969
a 1974), à época não existiam as edificações, mas com o crescimento da cidade,
as famílias conseguiram construir nessa área sem qualquer impedimento. E agora?.
Vítima
Uma das pessoas mortas na
rede de alta tensão é o trabalhador
Hélio Alves de Souza de 35 anos. Ele faleceu em 2016 quando trabalhava
na construção de uma casa no setor Bela Vista. Ele teria encostado em um dos
fios da rede e foi fatal. Hélio sofreu queimadura em 70% do corpo.
Essa rede de alta tensão que
passa sobre a cidade é uma preocupação constante da população. Já houve
movimento popular por sua retirada há cerca de 20 anos, houve ação judicial mas
ninguém conseguiu.
A CELG alega que a rede
existe desde 1970, antes da construção das casas e que já oficiou moradores e
prefeitura para os riscos da não obediência a distancia, que deve ser de seis
metros de cada lado.
As pessoas constroem embaixo
da rede o que tem provocados riscos e alguns acidentes já registrados.