sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O mundo em chamas


Tempos difíceis em todo o Brasil, se não bastasse a instabilidade política, reforma trabalhista, reforma da previdência, corrupção, Lava Jato, Vaza Jato, desconfiança pra todo lado, o país arde em chamas. É fogo pra todo lado, afeta a região Centro-Oeste, a região Norte e muitos outros lugares, queima o cerrado, a mata atlântica, fere profundamente nossa flora e nossa fauna. Nossos rios estão secando, a rádio, meio de comunicação já arcaico, noticia o clamor de um homem para se proteger o Caiapó. Estou me referindo aos meses julho, agosto e setembro de 2019, século XXI.

Se estivéssemos na idade média, no período teocêntrico, a explicação seria o castigo de Deus para tantos pecados da humanidade, mas nos tempos atuais os estudiosos apontam o tempo seco, a ganancia humana, que quer explorar ás áreas para produzir, ou mesmo, para provocar uma instabilidade política ao grupo dominante (será?).
Fato é que estamos sofrendo os horrores da nossa insensatez, o ser pensante, racional, não pensa mais, não raciocina, tenta morder o rabo o tempo todo, como o cachorrinho afetado por insetos na sua parte traseira.

Ainda nesse tempo, século passado, idos 1970, 80 na minha infância, a piedade popular, a reza propiciada pelo sertanejo ainda era forte nessa região, e valia, lembro de acompanhar minha mãe Luzia Joaquina Rosa, de saudosa memória, rezando ao pé do cruzeiro, onde se depositava flores calçadas por pedras e num ritual de jogar água, pedindo a nosso senhor a chuva. A fé era válida, logo a chuva caía, mas hoje, perdemos a fé.
Como mudar essa realidade: Estamos bem distantes de nossas origens, hoje, sabemos muito sobre clima, sobre teologia, quantos mestres e doutores, quantos fariseus modernos. Apontamos o erro mais não somos capazes de corrigi-lo, nosso ego, nossa sede de poder e de vontade de ter fala mais alto.
Não há mais inteligência, sou de direita porque quero explorar o potencial de crescimento, quero proteger o direito à propriedade, porque luto contra a corrupção, sou de esquerda porque quero garantir direitos humanos, porque quero igualdade para todos, porque sou contra a ditadura, porque sou a favor da liberdade do cidadão.

Falta-nos inteligência para ver o mundo de forma global, falta-nos inteligência pra saber que estamos no mesmo barco, e que devemos, juntos tapar os buracos, retirar a água e remar para um futuro. Do jeito que estamos vamos afundar e, chegar no fundo do poço.
Rezemos mais, nossa oração pode nos levar a intervenção de Deus, ou mesmo a uma mudança interna que nos leva a atitudes novas. Sem fé, sem amor uns para com os outros vamos acabar abocanhando o rabo e provocando profundas feridas.

Pedro Claudio Rosa - Licenciado em História - Radialista e Diácono Permanente na Igreja Católica Apostólica Romana

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

É preciso proteger melhor o meio ambiente


Um grito ecoa no deserto! 
Bandeira de Iporá

Agropecuarista na região de Jaupaci, médico Elias Araújo Rocha vê com preocupação as queimadas em nossa região, informa nas redes sociais, em publicação 09 de setembro de 2019, que houve um grande incêndio na região do rio Poções atingindo 11 fazendas. Houve a ação de bombeiros de Iporá e Jataí para controlar a situação e evitar mais prejuízos a agropecuária e ao meio ambiente.

Nesses incêndios dizimam-se animais silvestres, espécies diversas da nossa flora e também prejudica as pastagens.  Uma tristeza sem fim bem próximo de nós, mas as vezes, nossa atenção fica voltada para o que é notícia na grande mídia, esquecemos o que ocorre a nosso redor. É claro que vivemos na aldeia e no global, o que afeta diretamente uma localidade traz reflexos a todo o planeta, mas não enxergar um palmo a frente de nosso nariz é muito ruim.

O médico reclama da falta de atenção da imprensa regional para esses incêndios, e com razão, é preciso noticiar, debater com mais intensidade nosso cotidiano na região Oeste de Goiás. O rádio, os sites de notícias as vezes até que fazem isso, mas muito aquém do que deveria ser feito.  
É preciso cuidar melhor de nossa casa comum, evitar queimadas, produzir a menor quantidade de lixo, dar destino correto aos nossos resíduos sólidos, tratar o esgoto sanitário, parar de contaminar o lençol freático e diminuir a sua exploração desenfreada com a perfuração de poços artesianos. Reciclar, reinventar o nosso viver para uma vida melhor a todos.

Morte na G0 060, no período de emergência decretado pelo Governo.


A irresponsabilidade governamental aliada a imprudência e imperícia no transito provoca mortes em todo o país, e também em nossa região Oeste de Goiás. Muito cuidado ao conduzir um veículo.

Faleceu na sexta- feira dia 06/09/2019  na rodovia Go 060, Israelândia,  desvio da ponte do exército Gersicley de Souza 29 anos, condutor de um caminhão, o acidente ocorreu por volta das 10 horas da manhã.

Chegando ao local os bombeiros militares comandados pelo  St Aliciomar por volta das 11:30h, depararam com a cena resultante de uma colisão frontal entre um caminhão e um Honda city, no desvio da ponte da Go 060. Vanessa Cristina Ressa souza 35 anos, estava no veículo Honda city, foi transportada a UPA ( Unidade de pronto atendimento) de Iporá com dores na coluna.

Esse problema na G0 060 iniciou-se com o rompimento de um bueiro no final de semana dia 09 março de 2019. A rodovia de grande movimento e de muita importância para a região, já que liga Goiás a Mato Grosso foi desviada por trechos alternativos sem asfalto. 

O Governador Ronaldo Caiado (DEM) fez visita in-loco, decretou no dia 14 de maço de 2019 estado de emergência aos municípios : Amorinópolis, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Caiapônia, Diorama, Doverlândia, Iporá, Israelândia, Jaupaci, Palestina de Goiás e Piranhas.
E determinou agilidade para resolver a situação à Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) que deveria adotar medidas urgentes para reparação dos trechos prejudicados.
Vencendo o decreto, hoje dia 09 de setembro, a situação permanece a mesma, bem mesmo a ponte de ferro construída pelo exército funciona, temos problemas com sinalização adequada no trajeto do desvio. 

A situação é essa, degradante, e o governo a passos de tartaruga para resolver o problema que parece pequeno diante da dimensão do estado. 

O que causa estranheza é o silencio do governo para essa situação, não se fala em como será a recuperação, reconstrução da ponte, obra iniciada e parada. O decreto de emergência serviu pra quê?

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mundo atual, eu tenho a força


A minha força pode expor minha fraqueza.

As manias de querer ditar as regras, se ser protagonista, dar um desfecho na história faz parte do ser humano, de cada indivíduo, pelo menos percebemos isso a olhos nu em uma grande maioria da população. 

Nesse tempo, início do século XXI, essa situação relatada se mostra bastante evidente. Olhemos ao nosso redor, quantas opiniões expostas nas redes sociais, quantas pessoas tentando se impor, mesmo sem o devido conhecimento técnico, mesmo sem consultar as fontes, mesmo sem analisar o pretexto e o contexto.

De repente eu me coloco com direito de me meter na linha editorial de todos os órgãos de imprensa, e se me contraria, faço juízo odioso, desqualifico todas as ações daquele órgão noticioso, aponto ser este demoníaco, direitista, esquerdista, comunista e tudo mais. Os adjetivos empregados depende da minha posição diante dos fatos.

As vezes as pessoas se esquecem que tem a opção ignorar, de acessar outros meios, mas mesmo não concordando com a linha editorial, ela faz questão de ler, ouvir, assistir para dar a sua opinião. Isto é até saudável, democrático, desde que a minha opinião não seja impositiva, agressiva, mas amparada em conhecimento.

Se a pessoa ocupa posição de liderança, representa um seguimento, seja entidade de classe, sindical, religiosa entre outras, ela sobe no púlpito para de lá, impor a sua posição pessoal, bravejar pelo ambiente a sua opinião que não é do grupo que ela  representa, e assim, essa imposição de opinião se torna mais grave ainda, pois coloca em risco todo um conjunto.

Assim caminha a humanidade em épocas de rede social, como escrevera em 1889 Aristides Lobo “o povo assistiu bestializado” o movimento pela república, também agora, temos a capacidade de lutar com alguém que prega a violência, ignora os pobres, julga incapaz os negros, mas defende o desenvolvimento econômico, mesmo que para isso preciso acabar com o meu oxigênio, com os autóctone.

Quiçá um dia, nossa capacidade de julgar seja justa, sustentável, inteligente a ponto de, mesmo com posições contrárias caminharmos juntos, no respeito, sem agressões.