sexta-feira, 3 de março de 2017

Arenópolis - Sem terras vigiam fazenda para evitar invasão.

Trabalhadores rurais sem terra organizados pelo sindicato dos trabalhadores rurais de Iporá e Israelândia estão em estado de alerta, vigiando uma propriedade que eles esperam serem assentados. Os sem terras estão confiantes em adquirir a posse de uma área de 159 alqueires no município de Arenópolis, região Oeste de Goiás. Durante 24 horas, os trabalhadores se revezam enfrentando sol e chuva para não deixar que outro grupo invada a área.


Os sem terras, cerca de 34 famílias de diversas cidades ainda persistem nessa luta iniciada em 2003, quando conversaram com o proprietário, o senhor José Pedro da Silva, e ele concordou, segundo os representantes do sindicato, em vender a terra, que seria pago pelo INCRA. Muitas outras famílias desistiram no caminho, informa o Presidente Edson Messias, que, segundo disse, agora esse sonho será realizado.

Segundo ainda o sindicalista, já foi expedida a emissão de posse pelo Juiz de Piranhas e, que agora está na dependência do INCRA trazer a carta precatória, que depende do pagamento da última parcela pela compra da fazenda.

Edson Messias tece críticas ao atual governo, que segundo ele, não libera os recursos para que isso se concretize, mas ele está confiante.

Líder dos acampados Sérgio Santos, garante que eles estão em vigília para evitar conflitos, em caso de tentativa de invasão os vigilantes devem comunicar as autoridades, que segundo Sérgio, já estão de sobreaviso sobre essa possibilidade.

Sérgio diz estar ciente das dificuldades que terão quando estiverem empossados, será uma outra luta, por políticas públicas para manter o homem no campo. 

Religioso deixa a diocese de São Luis de Montes Belos e deixa legado.

Pe. Francisco,MPS
Está se despedindo da diocese de São Luís de Montes Belos, o religioso Pe. Francisco Erivan S. Silva, MPS, da Comunidade Missionária Providencia Santíssima. No dia 26 de fevereiro houve celebração de despedida em Diorama e no dia 05 de março, domingo, em Montes Claros outra despedida. Em entrevista de despedida Padre Francisco citou essa passagem bíblica para justificar a vida do missionário: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8,20).

Com 44 anos de idade, Padre Francisco, tem quase quatro anos de sacerdócio, assim que foi ordenado em São Paulo, veio para a Goiás, onde sua comunidade tem uma ação missionária assistindo os municípios de Montes Claros e Diorama como vigário paroquial.

O religioso sai com sentimento de saudade e agradecido pelo aprendizado, segundo disse” aqui eu aprendi a trabalhar, a servir na pessoa de Cristo, agradeço a Deus a acolhida do Bispo dom Carmelo e do religioso Passionista Padre Ribamar, pároco de Iporá, e a todos os fiéis, rezem por mim. Aqui, diocese de São Luis de Montes Belos, encontrei minha segunda família”.

Padre Francisco retorna para  Mococa-SP, sede da obra missionária de seu grupo religioso onde desenvolve outro projeto.

Encontro Vocacional em Iporá
Na diocese de São Luís de Montes Belos, o principal trabalho do religioso foi com a Pastoral Vocacional, foram muitos encontros de oração e reflexão na região Pastoral II e encerrou sua missão com o envio de dois jovens de Iporá para o seminário, Marcos e Alex.

IPORÁ – Imbróglio Fiúco Leonel, problema sem fim

Casas ocupadas de forma irregular em Iporá, em 04 de agosto do ano passado, 2016, ganha mais um capítulo em sua história. Ontem, dia 02, sete meses após a invasão, os moradores receberam uma ordem da justiça para desocuparem as casas. Segundo um dos residentes, Nilomar Pereira Silva, uma pessoa que se identificou como funcionário da prefeitura batia de porta em porta, informava da decisão judicial e que havia um caminhão para transportar a mudança para onde os moradores invasores indicasse. Os moradores até que concordam e deixar o local, mas querem um local para serem abrigados, Nilomar disse que os moradores são desempregados, alguns vivem de bicos para sobreviver. Outro morador, Jazon, quer que a prefeitura faça um levantamento da situação, eles reivindicam uma ação da assistência social para que se faça justiça e acusa de aproveitadores, os políticos que aparecem por lá sem solução para o problema, é só enrolação.
O caminhão ficou por um bom tempo lá e voltou vazio, os moradores querem um tempo maior para se organizarem e dar cumprimento a determinação judicial, disse uma das moradoras.



ENTENDA O CASO

Na administração do Prefeito José Antonio da Silva Sobrinho ( 2009-2012) houve a adesão do município a um programa habitacional do Governo Federal chamado de SUB-50, que seria uma parceria nas esferas Estadual, Estadual e União. O município se comprometia a doar o terreno e garantir a infraestrutura como asfalto, esgoto (fossas sépticas), iluminação E SELEÇÃO DAS FAMÍLAS, o Governo Federal via ministério das cidades, liberava os recursos para a compra do material e o Governo Estadual através da Agência Goiana de Habitação (Agehab) faria contrato com uma empreiteira para a construção.

NÃO FUNCIONOU

O Banco Paulista recebia os recursos, via cheque moradia e repassava a empreiteira responsável por tocar a obra. Mas o problema é que houve atrasos no repasse dos recursos, e até hoje as casas não foram concluídas.
Essa situação não é exclusiva de Iporá, problemas aconteceram em quase a totalidade dos 86 municípios de Goiás que aderiram, nessa região o SUB-50 chegou a Iporá, Amorinópolis e Montes Claros e outros.

]A INVASÃO

Em agosto do ano passado, percebendo as casas com obras em ritmo lento, as famílias que não fazem parte da lista de espera, alegando que estavam pagando aluguel ou morando de favor resolveram ocupar essas casas, e estão lá, vivendo em dificuldades, com banheiros improvisados, sem água, mas resistem por 07 meses.
A OUTRA PARTE
As famílias selecionadas à época exigem uma ação da prefeitura para promover a desocupação, se sentem prejudicadas pela ação dos invasores mas não foram atendidos até o momento.