domingo, 2 de janeiro de 2011

O Rádio comete suicídio......

O SUICÍDIO DO RÁDIO
Estão matando o rádio em todo o Brasil, estão investindo em tecnologia, compudadores cada vez mais modernos, programação mecânica, muita oração, reza e pregações. O rádio está deixando de ser o veículo de informação, está deixando de ser o veículo que interessa de fato a todos, mas apenas a grupos direcionados. O rádio está sendo jogado no abismo e , se continuar assim em pouco tempo só vai existir televisão, internet e telefone, fax e outros. O rádio do recado, da informação imediata, o rádio que acompanha o dia-a-dia da comunidade, que interage com as pessoas, que se identifica com ela está acabando. Poucas emissoras no país ainda prima por esse tipo de rádio. Muitos em nome da modernidade, da economia colocam programação em rede, finais de semanas e feriados no sistema. Os fatos acontecem e não são noticiados, deixam tudo para a TV, para os sites, para os jornais imprensso. A rapidez, a agilidade na informação, a prestação de serviço está a cada dia com menos espaços.  Os locutores de hoje são anunciadores de música, fazem gracejos no ar, mais não comunicam. É só prestar atenção na programação diária das rádios que você verá. De nada adianta sistema digital, de nada adianta satélite, de nada adianta transmissão em rede, se o rádio não fala de nossa vida, de nosso cotidiano.  Esse veículo de comunicação de massa, pelo menos em nossa região Oeste Goiano, ainda é de grande penetração, mais isso tem tempo de validade. Se não houver mudanças urgentes no modo de ser e de viver o rádio ele vai acabar.
VAMOS RECORDAR
Antigamente a programação era aberta numa grande interação do locutor que vivia a vida do produtor rural, da dona de casa. O ouvinte se sentia parte da família do ouvinte. Em Iporá, por exemplo, frases que estavam na boca do povo criadas por Lázaro Faleiro na Rádio Rio Claro “Sai do rabo do fogão menino”,   ou   “ Olha a hora Celso Henrique”. Parecia piegas demais, mas era divertido, ressoava na comunidade. E agora? O que o povo repete de nossa comunicação?
Nas manhãs de domingos ,o povo se reunia para ouvir o programa Roda de Violeiro, os artistas do povo eram chamados para cantar, para o sorteio de prêmios. Esperavam ansiosamente esse momento. E agora? Algumas poucas rádios fazem isso.
No Jornalismo, muitos debates, a população participava, opinava, as autoridades compareciam nos estúdios, respondiam ao povo. Hoje isso existe, menos freqüente.
Onde vamos chegar?
Pedro Claudio - 02 de janeiro de 2010