sábado, 2 de maio de 2020

A dor é minha companhia, a saudade meu carma, a ressurreição a esperança.


Na madrugada de 19 de janeiro de 2020 parte de meu mundo desabou, o falecimento de Marlene Eva de Paula Rosa, minha digníssima eterna esposa, como a chamava. Não há tempo que cure; a ferida não fecha; mesmo passados, hoje ,02 de maio de 2020, 104 dias do fato, o tempo sem ela é como comida sem tempero, tudo insonso, sem gosto.



O que me faz ficar de pé, mesmo com uma perturbação mental, é a missão a mim dada, os filhos, o amor de parentes, amigos, a comunidade, e principalmente a fé que vem de meus pais e da Sagrada escritura.

1Ts 4,13-17 “Irmãos, não queremos deixar-vos na ignorância quanto aos que adormeceram, para que não fiqueis tristes como os outros que não tem esperança. Com efeito, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos igualmente que Deus, por meio de Jesus reunirá consigo os que adormeceram. Eis o que temos a vos dizer, de acordo com a Palavra do Senhor: Nós, os vivos, os que permanecermos até a vinda do Senhor, não passaremos à frente dos que tiverem adormecidos, pois o senhor mesmo, à sua ordem, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, Descerá do céu. E os que morreram em Cristo Ressuscitarão, em primeiro lugar; depois, nos os vivos, os que permanecermos, seremos arrebatados, junto com eles, entre nuvens, ao encontro do Senhor, nos ares. E, assim, estaremos sempre com o senhor” (Bíblia Sagrada, tradução oficial da CNBB)
A morte em minha condição humana, me deixa abatido, mas a certeza da ressurreição, do reencontro com todos, me faz forte, me reanima.

Vivendo aqui em sacramento, como cristão católico acredito fielmente no que está escrito. Mt 19,6 ” De modo que eles já não são dois, mais uma só carne. Portanto o que Deus uniu o homem não separe”.

Unidos para sempre pela Palavra de Deus.


Vidas em risco


Menores embriagados apreendidos em Iporá
Ilustração - Centro de Iporá Goiás 
Na madrugada desde sábado, 02 de maio, dois menores foram apreendidos pela Polícia Militar em Iporá.
Eles foram avistados pelos policiais por volta das  02h25min conduzindo uma moto com placa de Jussara Goiás e ao tentar fazer a abordagem para verificação eles saíram em disparada pelas da cidade, após percorrerem várias ruas oram alcançados na rua Carolina já bem próximo do quartel.
Percebendo que estavam sendo alcançados, os integrantes da motocicleta  aumentaram a velocidade e fizeram uma curva muito fechada, desequilibraram e caíram.
Foi constatado que condutor e passageiro eram menores de idade e que estavam com sinais claros de embriaguez alcoólica. Foi lavrado  autos de infração pelo art 162-I, 230-XI e 175 e acionado o Conselho Tutelar dos direitos da Criança e Adolescente para as providências cabíveis.
Condutor e passageiro da moto apresentaram diversas escoriações pelo corpo devido a queda.

Mistério na região Oeste de Goiás: homem desaparecido desde fevereiro, 3 suspeitos foram presos.


casa onde residia Pedro
Homem desaparecido desde 27 fevereiro de 2020 continua sendo procurado pela família. Nesta semana, terça-feira, 28 de abril, 61 dias após o desaparecimento, a história ganhou mais um capítulo: foi decretada a prisão temporária de 03 pessoas suspeitas de envolvimento, eles negam participação, dizem não saber o paradeiro da vítima. A investigação é coordenada pelo delegado de Ivolândia, Antônio Machado de Azevedo.
Pedro Mendes da Silva, de 43 anos, foi visto pela última vez em 27 de fevereiro de 2020, quando estava na Fazenda Córrego Fundo, de propriedade do Pastor Agenor, que fica próximo aos povoados de Pedrolândia e São Sebastião do Rio Claro, no município de Ivolândia, região Oeste de Goiás. E até hoje permanece em local incerto e não sabido.
Preocupada, a família procurou as rádio Rio Claro e Felicidade de Iporá, na tentativa de sensibilizar as autoridades a se empenharem mais e também para conseguir ajuda de moradores da região para a localização.
O delegado Antônio Machado pediu a prisão de três suspeitos – Valdomiro José de Freitas, 42, apelidado de Boneca, Valdeson Pereira Veloso, 62, (vulgo fuminho) e Edson José da Silva Filho, 30 –, relata que é um caso muito difícil, que a vítima tinha sérios problemas de saúde, fazia uso de medicamentos controlados e, para agravar a situação, consumia bebida alcoólica. Explicou ele que a prisão temporária por 5 dias não significa culpa dos suspeitos, mas que é um procedimento para auxiliar na investigação. Respondendo aos familiares que reclamam, o delegado disse que há 40 dias concentra suas atividades nesse caso.
Em entrevista à rede diocesana de rádio, advogado Tauã de Paula, contratado por um dos supostos envolvido, Valdomiro José de Freitas, contestou a prisão, argumentando que seu cliente contribuiu com a investigação, não apresentou contradição no depoimento, que ele possui residência fixa e entrou com pedido de liberdade, um habeas corpus junto ao tribunal. Valdomiro foi solto, mais dois outros suspeitos continuam presos no presídio em São Luís de Montes Belos.
Suspeitas
A família desconfia que Pedro Mendes tenha sido alvo dos suspeitos presos, a mando de uma terceira pessoa, que seria contratante do serviço, porque a vítima tinha tentado um assédio contra a sua esposa.
Pedro Mendes da Silva é trabalhador rural e teria ido a uma propriedade para uma atividade de roçagem de pasto, serviço pego por empreita, que seria executada por Valdomiro e Edson. Anoiteceu dia 26 de fevereiro, no dia seguinte Pedro Mendes não foi mais visto e Edson é a última testemunha, que nega saber de seu paradeiro.


Para manter a democracia é preciso ter, coragem, A QUEM DIGA e dinheiro. Será?.

É importante dar amparo a jornalista


Sábado, 2 de maio de 2020
“É tetra”

Eram 21h51 de terça-feira, dia 14 de abril, quando recebi uma mensagem do advogado do TIB: “É TETRA!”
Nada mais propício que repetir o bordão do jornalista Galvão Bueno na Copa do Mundo de 1994 para comemorar uma vitória do jornalismo.
Em 2017, houve a greve geral Brasil afora. Em Goiânia, não foi diferente, inclusive no que diz respeito à truculência policial. Foi da capital goiana que saiu uma imagem que rodou o país: um policial militar quebrou um cassetete na testa de Mateus Ferreira da Silva, à época com 33 anos. 
O capitão Augusto Sampaio, policial que quase matou Mateus, foi recebido por seus pares no clube dos oficiais, onde rolou um "ato de apoio". Na ocasião, o hoje coronel Alessandri da Rocha foi um dos militares que saudou o colega e chamou Mateus, a vítima, de terrorista.
Dias depois, recebi um material via securedrop, um canal por onde o Intercept recebe documentos e denúncias de forma anônima (você tem alguma? Mande pra nós). Era uma ação do Ministério Público de Goiás na qual o coronel Alessandri era acusado de duplo homicídio. No documento, havia acusações de tráfico, roubo a banco, ameaça a juiz. 
Na matéria "PM que chamou manifestante de terrorista em Goiás é acusado de execução, ameaçar juiz e mais", publicada em 2017, detalhei todas essas acusações, além de escrever sobre a prisão de Alessandri, em 2016, na Operação Sexto Mandamento, da Polícia Federal, que investiga a atuação de um grupo de extermínio em Goiás. Ele não gostou. 
Quando o Intercept entrou no ar, em 2016, apostamos: quem seria a primeira pessoa a ser processada? Como entramos no ar com a missão de responsabilizar quem quer que fosse pelos seus atos, isso não tardaria a acontecer. 
Eu venci a aposta – e também o processo criminal em que o coronel Alessandri me acusava de calúnia e difamação.
Foi um longo processo.
Em 2018, fui com o advogado do TIB a uma audiência de conciliação, um dos passos do processo. O policial e sua advogada vieram de Goiás para o Rio e, numa pequena sala em Botafogo, eles pediram que eu me "retratasse". Um pedido formal e público de desculpas é o que eles queriam. Perguntei: vocês querem que eu minta?
Nosso advogado pacientemente colocou a mão no meu braço, pedindo calma. Acatei seu pedido.
Dois anos e alguns recursos depois, vencemos o processo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por unanimidade. Essa vitória não é apenas minha ou do Intercept. É do jornalismo.
O TJ-RJ decidiu que jornalista não comete crime ao reproduzir ação do MP – e isso é óbvio. Como a decisão deixa claro, eu não menti, não inventei nada, "os fatos se deram dentro do contexto jornalístico". 
Mas pessoas como o coronel Alessandri processam quem fala o que os desagrada mesmo sendo verdade, eles não querem que seus atos terríveis se tornem públicos. Tanto que um dos maiores jornais de Goiás foi cercado por três dezenas de policiais após publicar, em 2011, uma capa com a manchete “Mato por satisfação”, que trazia detalhes sobre a Operação Sexto Mandamento, que investiga a violência policial em Goiás, cerca de seis meses antes de Alessandri saudar o PM que bateu no manifestante. 
Tenho a sorte de trabalhar em um lugar que paga advogados para seus jornalistas, que tem leitores que financiam esse site e esses advogados, que nos protegem e que não nos abandonam. Mas e se eu fosse uma jornalista freelancer? E se o site fosse pequeno e não pudesse pagar um advogado?
O processo seria vencido, mas custa tempo e dinheiro. Ainda estou sendo processada na vara cível em Goiás, em uma ação por danos morais na qual Alessandri me pede R$ 100 mil. Como pagaria para ir a outro estado e para ter advogados lá? Eu não tenho esse dinheiro.
A meta é calar o jornalista. É estrangulá-lo financeiramente e forçar seu silêncio. Alessandri não quer responder pelos seus atos e ser incomodado por jornalistas mesmo sendo um servidor público que tem a missão de "servir e proteger".
Mas ele perdeu. Apesar de ter sido acusada de ofender a honra do policial acusado de tráfico, duplo homicídio, roubo a banco e ameaça, e ainda ter sido chamada de “ignorante e venenosa”, eu venci. E venci porque a justiça disse que eu não menti. Alessandri foi realmente acusado de tráfico, duplo homicídio, roubo a banco e ameaça. Alessandri que melhore, e que pague na justiça por suas barbaridades, caso ainda haja alguma investigação.
Vida longa ao jornalismo!