terça-feira, 14 de novembro de 2017

Colégio Militar em Iporá não é uma imposição, diz comandante da PM em Goiás.

Cel. Alves. comandante da PM em Goiás
Está aceso em Iporá, cidade localizada na região Oeste de Goiás, o debate sobre a militarização da escola pública. Esse assunto é amplamente debatido por aqui há alguns anos NAS RÁDIOS RIO CLARO AM E FELICIDADE FM, desde que surgiu essa possibilidade, que ganhou força com a ascensão  ao poder do atual prefeito Naçoitan Araújo Leite, compadre e  amigo pessoal do comandante geral da PM no estado o coronel Divino Alves, defensores dessa ideia, que tem o apoio de grande parte da população.

Uma coleta de assinatura realizada em julho último em Iporá mostra o apoio popular para a implantação do colégio militar, por isso, a iniciativa está tomando forma, agora, já de forma oficial, com data prevista para a sua concretização, janeiro de 2018.

Capitão Messias  
A motivação para essa implantação está na informação de que o colégio militar colabora para a melhoria do desempenho dos alunos, eles conseguem com mais facilidade o acesso ao ensino superior. Os militares conseguem impor uma disciplina, o comportamento dos alunos é melhor controlado, o que agrada, principalmente aos pais, muitos deles preocupados com a onda de violência, e outros com a própria rebeldia dos filhos.  O capitão Messias, sub comandante do 12º BPM disse que as unidades do colégio militar tem conquistado resultados favoráveis. 

 Essa seria a luz no fim do túnel para guiar a sociedade rumo a um futuro melhor?

Para o SINTEGO, Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Goiás, esse não é o caminho, para eles, o colégio militar fere o direito dos educadores, a presidente da regional Iporá, professora Elizabeth Rocha, argumenta que o papel da polícia Militar é garantir a segurança da população, segundo ela, isso não justifica a presença da PM dentro de uma escola, se o governo quer investir, que invista dentro da escola pública e que delega os mesmos direitos que essa escola militar vai ter, tanto na infraestrutura quanto no poder de disciplinar os alunos. A Sindicalista disse que o professor hoje não pode nem chamar a atenção do aluno na sala de aula, porque estaria cometendo uma injustiça com ele, e ela, cita espancamento de professores em sala de aula como exemplo, e que se dá o direito ao aluno quando ouvido. Ela acredita que o professor consegue impor uma disciplina se isto lhe for facultado.

Para o Coronel Alves, comandante da Polícia Militar em Goiás, já muita falta de informação sobre o funcionamento do colégio militar. Os militares não vão afetar os direitos dos educadores, e, ele pede que todos se informem mais sobre o funcionamento do colégio militar.
Disse ainda que essa vinda do colégio militar não é uma imposição, e sim, fruto de um trabalho de consultas junto a sociedade. O Coronel esclarece que não está impondo nada, e que tudo é feito após reunião com a comunidade escolar, entre pais, alunos e trabalhadores da educação, que só após a aprovação é que de fato acontecerá a mudança.

Quinta-feira, dia 16, um grupo de professores e imprensa estarão fazendo uma visita ao colégio Militar Cesar Toledo em Anápolis para conhecer. O convite partiu do comando da PM e a equipe do colégio Ariston vai se posicionar sobre o assunto após conhecer in-loco o funcionamento.