segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Povos do Cerrado se reúnem em Brasília para debater direitos territoriais.

Espécie do cerrado deve ser preservada

Oficina promovida pela Rede Cerrado nos dias 6 e 7 de novembro reunirá representantes de povos e comunidades tradicionais, do Conselho Nacional de PCTs, do Ministério Público Federal, do Ministério de Direitos Humanos e de organizações da sociedade civil.

Somente em 2017*, foram registradas mais de 880 áreas em conflitos agrários no Brasil, 97 na Bahia e 180 no Maranhão. Dos 71 assassinatos no campo – o maior número registrado desde 2003 -, 11 eram quilombolas – 9 somente na Bahia - e seis indígenas. Além disso, 25 indígenas sofreram tentativas de assassinato, 21 somente no Maranhão, e 36 quilombolas – 31 no Maranhão – receberam ameaças de morte, além de 6 quebradeiras de coco – todas no Maranhão -, 4 camponeses de fundo e fecho de pasto, 3 extrativistas e 1 geraizeiro. As motivações? A maioria por disputa de terras e territórios.

É para debater e dialogar sobre os direitos territoriais, incluindo as disputas e conflitos por terras, principalmente no campo, e conhecer novas formas de garantia de territórios, que a Rede Cerrado promoverá nos dias 6 e 7 de novembro, em Brasília, a I Oficina de Territórios. O encontro reunirá representantes de povos e comunidades tradicionais (PCTs) que vivem no Cerrado e de organizações da sociedade civil. Também estarão presentes no evento, a presidente do Conselho Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), Cláudia Regina Sala de Pinho, o secretário executivo da 6ª Câmara do Ministério Público Federal, Marco Paulo Fróes Schettino, e o Secretário Adjunto de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério de Direitos Humanos, Marcelo Silva Oliveira Gonçalves, que estará presente na mesa de abertura com a discussão do cenário político pós-eleições.

O Cerrado, hoje, é proporcionalmente o Bioma mais desmatado do Brasil. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, metade da vegetação nativa do Cerrado não existe mais. A área com a maior incidência é o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), região apontada como a última fronteira agrícola do país. O Cerrado, em especial, o MATOPIBA, sofre com o avanço indiscriminado de commodities do agronegócio. “Ocorre que nessas áreas nós temos dezenas de Terras Indígenas, centenas de assentamentos da reforma agrária, Territórios Quilombolas que são afetados diretamente pela constituição dessa nova fronteira para a agricultura de larga escala no Brasil”, explica a pesquisadora da Universidade de Brasília Mônica Nogueira, mestre em Desenvolvimento Sustentável e doutora em Antropologia.

Para Maria do Socorro Teixeira Lima, quebradeira de coco e coordenadora geral da Rede Cerrado, será um momento para a reflexão e o debate aprofundado das diferentes realidades presentes no Cerrado e no Brasil. “Neste sentido, vamos, a partir das discussões e dos trabalhos realizados, orientar nossos próximos passos, principalmente no que diz respeito à garantia dos territórios tradicionais”.

A I Oficina de Territórios ocorrerá na Casa de Retiros Assunção, que fica na Avenida L-2 Norte 611 E – SGAN.

*Dados do Caderno Conflitos no Campo Brasil 2017, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Rede Cerrado

Composta por mais de 50 entidades da sociedade civil associadas, a Rede Cerrado trabalha para a promoção da sustentabilidade, em defesa da conservação do Cerrado e dos seus povos. Indiretamente, a Rede Cerrado congrega mais de 300 organizações que se identificam com a causa socioambiental do bioma.
Somos representados por indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, vazanteiros, fundo e fecho de pasto, pescadores artesanais, geraizeiros, extrativistas, veredeiros, caatingueros, apanhadores de flores Sempre Viva e agricultores familiares.
A Rede Cerrado também atua estrategicamente em diversos espaços públicos socioambientais para propor, monitorar e avaliar projetos, programas e políticas públicas que dizem respeito ao Cerrado e aos seus povos.


Assessoria de Comunicação da Rede Cerrado 
Thays Puzzi

Iporá Goiás ENEM 2018, 215 candidatos a menos que 2017.

A primeira fase do  Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2018 aconteceu ontem, 05/11/2018, Iporá teve 0,8% do total de inscritos, eram esperados 1.559 candidatos nos diversos locais de provas. Em Goiás foram 190.590 inscritos e as provas foram aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 55 municípios, aqui houve queda de 215 participantes em relação ao ano passado, para 2017 os inscritos eram 1.774 candidatos e neste ano 1.559.
A tendência é diminuir o número de participantes, já que desde o ano passado o Enem deixou de certificar o Ensino Médio, tarefa que voltou ao Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).
Ontem na primeira fase as provas foram de redação, de linguagem e de ciências humanas. A parte mais temorosa dos candidatos sempre é a redação, que no Enem 2018 discutiu  manipulação do usuário na internet. Por aqui as provas começaram às 13h30 (horário de Brasília) e não houve registro de problemas.
 Nossa reportagem conversou com muitos dos alunos dessa região Oeste de Goiás, e confirmando nossa vocação agrícola, grande parte dos candidatos ouvidos, de Palestina, Piranhas, Bacilandia (distrito de Fazenda Nova), Caiapônia e Doverlândia pretendem cursar agronomia ou similares. Também alunos interessados em medicina, pedagogia e outros.

Inscritos por município:
UF
Município
Número de Inscrições
%
GO
Acreúna
710
0,4%
Águas Lindas de Goiás
4.871
2,6%
Alexânia
660
0,3%
Anápolis
12.963
6,8%
Aparecida de Goiânia
12.470
6,5%
Aragarças
713
0,4%
Bom Jesus de Goiás
475
0,2%
Caldas Novas
2.556
1,3%
Campos Belos
1.674
0,9%
Catalão
4.794
2,5%
Ceres
2.359
1,2%
Cidade Ocidental
1.828
1,0%
Cristalina
1.131
0,6%
Formosa
3.961
2,1%
Goianira
1.653
0,9%
Goianésia
2.570
1,3%
Goiás
1.963
1,0%
Goiatuba
899
0,5%
Goiânia
58.745
30,8%
Inhumas
2.033
1,1%
Ipameri
696
0,4%
Iporá
1.559
0,8%
Itaberaí
1.234
0,6%
Itapaci
1.406
0,7%
Itapuranga
831
0,4%
Itumbiara
3.722
2,0%
Jaraguá
1.500
0,8%
Jataí
5.149
2,7%
Jussara
1.117
0,6%
Luziânia
4.288
2,2%
Minaçu
776
0,4%
Mineiros
2.049
1,1%
Morrinhos
1.577
0,8%
Nerópolis
1.163
0,6%
Niquelândia
972
0,5%
Novo Gama
2.116
1,1%
Padre Bernardo
452
0,2%
Piracanjuba
1.220
0,6%
Pirenópolis
812
0,4%
Pires do Rio
1.500
0,8%
Planaltina
2.631
1,4%
Porangatu
1.892
1,0%
Posse
2.452
1,3%
Quirinópolis
1.507
0,8%
Rio Verde
4.988
2,6%
Rubiataba
748
0,4%
Santa Helena de Goiás
909
0,5%
Santo Antônio do Descoberto
1.657
0,9%
São Luís de Montes Belos
1.901
1,0%
São Miguel do Araguaia
930
0,5%
Senador Canedo
3.542
1,9%
Silvânia
1.181
0,6%
Trindade
4.934
2,6%
Uruaçu
2.007
1,1%
Valparaíso de Goiás
6.144
3,2%
Total Geral
190.590
100,0%

Faixa Etária:
Região
UF
Faixa Etária
Número de Inscrições
%
Centro-Oeste
GO
Menor que 16
5.738
3,0%
Igual a 16
17.716
9,3%
Igual a 17
36.824
19,3%
Igual a 18
33.087
17,4%
Igual a 19
19.171
10,1%
Igual a 20
12.865
6,8%
De 21 a 30
46.246
24,3%
De 31 a 59
18.744
9,8%
Maior ou Igual a 60
199
0,1%
Total de Centro-Oeste
190.590
100,0%
Total Geral
190.590
100,0%
Fonte: Inep / Painel de Monitoramento Eletrônico / 28 de setembro de 2018
Assessoria de Comunicação Social