quinta-feira, 22 de agosto de 2019

GO 174 , Diorama a Montes Claros de Goiás, uma novela sem fim. Começa mais um capitulo



Valéria e depu. Karlos - Foto Assessoria 
Nova tentativa para concluir o asfalto da G0 174 trecho entre Diorama e Montes Claros, nossa reportagem em Iporá, devido a importância dessa rodovia, acompanha os anúncios e início da obra há certa de 30 anos. Foram muitas viagens a Montes Claros, a obra já foi anunciada por Iris Rezende, por Maguito Vilela, por Marconi Perillo, por Alcides Rodrigues. Até os representantes de governos Antônio de Jesus Dias e  Naftali Alves de Sousa já anunciaram a obra. Pra se ter uma ideia de quanto isso é antigo. Então Governador Alcides Rodrigues, disse certa vez “ agora não é balela, não é conversa fiada, a obra será concluída”, Marconi Perilo “ parece que tem uma cabeça de burro enterrada ali, mas nós vamos desenterrar” E nada, a balela continua, a cabeça de burro não foi retirada do solo.
Foto; assessoria
No final da gestão de Marconi e início do atual governo uma empreiteira até que deu novo impulso, mas ficou faltando 08 quilômetros para o término. E agora?
O deputado estadual Karlos Cabral (PDT) e a prefeita de Diorama Valéria Ferreira foram até ao Governador Ronaldo Caiado (DEM) no dia 26/07/2019 e tiveram a informação que a obra está entre as prioridades, também visitaram na quarta-feira, 21/08/2019, o presidente da Goinfra, Ênio Caiado e reforçaram a reivindicação.

Enio Caiado, conforme a assessoria de imprensa do deputado Karlos Cabral, informou que aguarda liberação de recursos do BNDES para reiniciar a obra.
Nós da rede Diocesana de Rádio vamos continuar acompanhando, como o fazemos desde 1989.

Mineração é um cavalo de Tróia para as cidades.


A rede diocesana de rádio atenta aos fatos, busca sempre conscientizar a população sobre diversos assuntos. É preciso informar melhor para ter opinião própria, eis um assunto instigante: Mineração
O desenvolvimento econômico sonhado por muitos municípios pode não ser uma boa ideia, principalmente se  advindo da mineração é como um fogo de palha, no início forma-se  labaredas que ilumina, mas logo passa e resta os estragos. Essa constatação pode ser tirada da opinião de Jarbas Vieira - Movimento Pela Soberania Popular na Mineração – MAM.
Jarbas Vieira - MAM

Iporá, na região Oeste de Goiás vislumbrou a movimentação de exploração de níquel, e era a esperança de geração de empregos e renda, mas logo se instaurou uma na crise financeira em 2008 e, essa possível atividade foi cancelada.

Para o professor de geografia da UEG Iporá, Valdir Specian, Iporá se livrou de um grande problema futuro. O MAM (Movimento Pela Soberania Popular na Mineração) trabalha desde 2002 com as comunidades  afetadas pela mineração, é um grupo que vê de perto os estragos.

Jarbas Vieira, em contato com nossa reportagem explica parte dos estragos, diz ele que quando uma mineração se instala a cidade ganha trabalhadores de diversas cidades do país, e com isso aumenta os casos de prostituição, o consumo de drogas, a violência, exploração sexual, exploração de menor entre outras situações. Releva Jarbas, que uma mina geralmente provoca uma grande instabilidade social no município e o retorno financeiro é muito ínfimo, não vale a pena o sacrifício.

Indagado se a região Oeste de Goiás pode passar por isso, Jarbas disse que ninguém está livre, onde existe o mineral, ele é passível de exploração, e a atividade depende de uma série de fatores. Quando isso acontece, a instalação de uma usina, sacrifica-se o povo, a água do local, a biodiversidade, o modo de viver, e tudo isso para atender a interesses internacionais que nada trás de interesse para a cidade.
Como é a situação no Brasil


A exploração da mineração acontece hoje em 2000, (dois mil)  municípios que recebem o CEFEM ( Contribuição Financeira para Exploração Mineral), o royalties da mineração. Existem outras minerações ilegais em aproximadamente 1.500 (mil e quinhetos) outros municípios. Portanto ao todo no Brasil, segundo levantamento da MAM, existem 3.500 (três mil e quinhentos) municípios explorando o minério.
O Movimento Pela Soberania Popular na Mineração  (MAM) está inserido, organizado hoje em 13 estados brasileiros com ações concretas. 92 por cento da mineração no Brasil concentra-se em Minas, Goiás e Pará em 62 municípios nesses três estados.
Reportagem.