sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mundo atual, eu tenho a força


A minha força pode expor minha fraqueza.

As manias de querer ditar as regras, se ser protagonista, dar um desfecho na história faz parte do ser humano, de cada indivíduo, pelo menos percebemos isso a olhos nu em uma grande maioria da população. 

Nesse tempo, início do século XXI, essa situação relatada se mostra bastante evidente. Olhemos ao nosso redor, quantas opiniões expostas nas redes sociais, quantas pessoas tentando se impor, mesmo sem o devido conhecimento técnico, mesmo sem consultar as fontes, mesmo sem analisar o pretexto e o contexto.

De repente eu me coloco com direito de me meter na linha editorial de todos os órgãos de imprensa, e se me contraria, faço juízo odioso, desqualifico todas as ações daquele órgão noticioso, aponto ser este demoníaco, direitista, esquerdista, comunista e tudo mais. Os adjetivos empregados depende da minha posição diante dos fatos.

As vezes as pessoas se esquecem que tem a opção ignorar, de acessar outros meios, mas mesmo não concordando com a linha editorial, ela faz questão de ler, ouvir, assistir para dar a sua opinião. Isto é até saudável, democrático, desde que a minha opinião não seja impositiva, agressiva, mas amparada em conhecimento.

Se a pessoa ocupa posição de liderança, representa um seguimento, seja entidade de classe, sindical, religiosa entre outras, ela sobe no púlpito para de lá, impor a sua posição pessoal, bravejar pelo ambiente a sua opinião que não é do grupo que ela  representa, e assim, essa imposição de opinião se torna mais grave ainda, pois coloca em risco todo um conjunto.

Assim caminha a humanidade em épocas de rede social, como escrevera em 1889 Aristides Lobo “o povo assistiu bestializado” o movimento pela república, também agora, temos a capacidade de lutar com alguém que prega a violência, ignora os pobres, julga incapaz os negros, mas defende o desenvolvimento econômico, mesmo que para isso preciso acabar com o meu oxigênio, com os autóctone.

Quiçá um dia, nossa capacidade de julgar seja justa, sustentável, inteligente a ponto de, mesmo com posições contrárias caminharmos juntos, no respeito, sem agressões.