quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Imprensa não deve ser faz de conta. Deve promover cidadania

Imprensa não deve ser faz de conta. Deve promover cidadania

Pedro Claudio Rosa
20/10/2015 06:10:58


Fazer parte da imprensa é um privilégio e aos mesmo tempo uma responsabilidade, é aprender sempre, com todos e com tudo, é contar a história, dia após dia, é fazer história, é buscar contribuir para que este mundo seja melhor para todos, é esquecer-se de si mesmo e pensar no outro. Com essa minha opinião faço memória ao grande amigo saudoso Noildo Miguel, com quem convivi desde o início de minha carreira de 28 anos, e acredito que ele viveu sempre assim.


Quem atua no jornalismo sabe que por trás de cada profissional existe uma linha editorial, uma empresa, um grupo que dá o tom da notícia e que faz transparecer uma opinião, faz crescer uma ideia e que sugere aos leitores, ouvintes, telespectadores, internautas e outros uma tendência de pensamento e de ação. São formadores de opinião.

O profissional de imprensa , numa sociedade democrática, tem acesso a diversos lugares, a pessoas e a documentos é um sujeito que adquire confiança, se torna um confessor e conselheiro, e com isso tem uma visão panorâmica do mundo a sua volta, mas não é juiz, não é justiceiro, não é o dono da verdade mas carrega sobre si o peso, a responsabilidade de propiciar as pessoas um olhar e um agir no mundo com consciência e sem a inocência de uma criança que acredita em tudo o que lhe conta. O profissional de imprensa deve ser ético, profissional e trabalhar sempre com respeito às diferenças de opinião, de opção de vida.

Em 30 de abril de 2009 o Supremo Tribunal Federal revogou, por 7 votos a 4, a lei 5.250, de 1967 que cerceava a imprensa no período da ditadura iniciada em 1964, agora não há legislação que impeça a imprensa de noticiar, comentar, criticar e denunciar qualquer ato considerado de interesse público, mas também não dá direito a ela de ser sensacionalista, de não respeitar a liberdade do outro. Isso dá mais importância ao papel da imprensa, que deve buscar pautar-se pela verdade sem distinção.

Minha atuação na imprensa em Iporá teve início em abril de 1987, como rádio escuta, numa época sem computadores, sem internet, o fax era a tecnologia mais avançada. Desde então se vão 28 anos convivendo e aprendendo com o dia a dia da notícia, não só local, mas também se ocupando de assunto nacionais e internacionais. É uma leitura aqui outra acolá e percebemos que o mundo muda, as pessoas mudam, as utopias ganham novos ares e se percebe que as ideologias são ferramentas de manobra de alguns líderes para convencer outrem, e se perpetuar no poder.
Pedro Claudio Rosa
Pedro Claudio Rosa é Técnico em contabilidade, Licenciando em história pela Universidade Estadual de Goiás, 8 anos estudante de Teologia na diocese de São Luis de Montes Belos. Trabalha com comunicação, Rádios Rio Claro AM e Felicidade FM na área de locução radiojornalismo desde maio de 1987 em Iporá Goiás.

Opinião
  • Adolfo de Freitas Filho 20/10/2015 09:23:52

    Belissimo texto! Retrata a coerência de uma profissão que a cada tempo se renova, assim como as noticias que são novas a cada dia. Penso no jornalista sempre novo, noticia antiga é como o beijo de ontem, sem o sabor de um novo dia, perde-se o sabor da surpresa e do enquanto e do então. Parabéns! Pedro
    • Oívlis Áldrin Charles Morbeck Barros de Souza 20/10/2015 08:24:00

      Parabéns Pedro Cláudio pelo brilhante texto, demonstrando conhecimento e sensibilidade a função que exerce há quase 30 anos, como radialista, repórter, mediador, evangelizador e historiador. A imparcialidade na notícia é algo raro nos dias de hoje e você é um dos poucos que ainda consegue exercer o ofício buscando pautar-se pela verdade sem distinção.
     por
    Paulo Sérgio Telesse ·
    Esse é um dos poucos que eu conheço que sente prazer no que faz, não só coheço como tenho a satisfação de ser colega de trabalho. Um cara sério que conduz a quase 30 anos (Tá Velho hein?) com maestria o jornalismo de Iporá e de nossa região, e mais ainda, nunca se envolveu em nenhuma polémica, sempre agindo com total transparência e imparcialidade, Pedro Cláudio Parabéns pelo texto brilhante e pelo esforço diário em melhorar sempre, uma demonstração de dedicação integral a sua profissão. Em resumo um cara que tem a humildade como seu cartão de apresentação e que eu gosto muito de trocar idéias diárias sempre podendo absorver bons conhecimentos.
    Raulener Alves Castro ·
    "Sempre falo este é sem dúvidas, o Baluarte da Imprensa Ipoaense, dentre outros, mas o classifico como o melhor pois, veio de baixo com muita humildade porém, com bastante empenho, digo, a voz dos oprimidos, humildes e leigos de Iporá e Região" !!! Parabéns, seja no Esporte, Música, política e Notícias tú és o "Baluarte"
    Paulo Henrique Silva ·
    Tenho uma grande admiração por este profissional e pela pessoa que ele é. Parabéns Pedro Claudio pelo modelo de pessoa e profissional que o senhor é.
    Honorato Gomes de Ávila ·
    grand honorato cabelo e cia acha que isto , e coisa seria não pode falar o que não e , precisa focar so o correto,eu tenho certeza que voce tem buscado transparencia na sua função , quero aqui te elogiar em publico pois voce e uma pessoa maravilhosa e tem feito todos os esforços isto so tem um significado DEUS, parabens Pedro Claudio por tudo que tem feito por ipora.
    Marcio Rivair Guntijo ·
    Parabéns Pedro!! Pelo profissionalismo sem exibicionismo e discrição!! Muito bom o texto quanto seu trabalho na comunicação! Abraços.
    Renato Cardoso Castro ·
    Pedro Claudio a enaltação de seu nome é deveras importante e qualquer mais fala que se diga beira ao redundante...Contudo, impossível falar de você sem citar a discrição, a calma e o compromisso com a verdade na imparcialidade e no correto uso do linguajar nas transmissões radiofônicas. Reitero aqui o apreço e o respeito que sinto por você nobre amigo que tem sempre uma palavra correta, uma pergunta coberta de ânimo e respeito e a vontade férrea em contribuir com todos à sua volta.
    Quanto ao texto, primoroso pela qualidade e as observações certeiras referentes às questões de comunicação em nossa região, que este sirva para mostrar o quão grandioso é o seu trabalho para Iporá, região, estado e Brasil.
    PARABÉNS!!!
    Enio Dionatam ·
    Grande profissional. Lembro de você todas as manhãs na Rádio Rio Claro preparando o jornal, fazendo entrevistas, datilografando os textos, editando os áudios e apresentado um jornal primoroso. Numa época em que a notícia on line era algo desconhecido e distante, você fazia Iporá parar ao meio dia para ouvir as notícias da cidade e região com grande transparência e seriedade. E eu recebia toda sua audiência para iniciar o programa da tarde. Grande abraço a você e aos profissionais da imprensa de Iporá.



    Sou contra o impeachment

    Duílio Siqueira e Pedro Claudio AL Goiânia
    Nesta data, 31 de agosto de 2016, o congresso nacional encerrou o processo de votação em plenário e decidiu pelo impeachment da presidente Dilma Roussef (PT).  O resultado do plenário do Senado federal foi de  61 votos favoráveis e 20 contrários. A presidente afastada definitivamente foi condenada por crimes de responsabilidade fiscal, as "pedaladas fiscais" no Plano Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso Nacional. Plemo menos ela não foi impedida de exercer funções públicase  poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer outras funções na administração pública. Neste caso, da inabilitação 42 senadores se posicionaram a favor e 36 contrarios.  Outros 3 senadores se abstiveram. Para que ela ficasse impedida de exercer cargos públicos, eram necessários 54 votos favoráveis. Acompanhei todo o processo, do início ao fim, e não percebi justificativa que levasse a esse extremo. Muitos problemas aconteceram nesse governo mas no momento as investigações não apotaram o real motivo da investida dos adversários de Dilma, muitos ex aliados, até ministros do governo petista. Com o tempo espero que tudo seja esclarecido. Há um mistério não desvendado. Seria vingação por deixar a polícia federal investigar e tornar pública  tantos desvios com prisões, maioria de aliados? Será a ameaça que pairavam numa nação de homens públicos corruptos? Será a pressão de uma elite que vê se perder em meio a tantas ações governamentais  para o pequeno como agricultura familiar, bolsa família, o programa fome zero entre outros. Escrevo no momento em que sai o decreto da cassação e com a visão de quem está longe e que tem muitas perguntas sem respostas. Percebe interesses escusos, mas não vejo uma luz que clareia essa escuridão. O que não vejo é traços de santidade em nenhum dos lados, nem inocência completa da vítima, neste caso a presidente e o povo brasileiro. Quiçá um dia tenhamos esclarecimentos.