quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Jovem de 24 anos tira sua própria vida e desafia autoridades a debater o assunto.

imagem divulgação CFM
Sepultado na tarde de ontem, 29/11/2017 no início da noite em Israelândia região Oeste de Goiás,  o corpo de Rafael Alves do Nascimento, 24 anos, filho do Dió.

Rafael faleceu em São Luis de Montes Belos, setor São José,  onde residia com a esposa, Natalina de Souza Ribeiro, também de 24 anos e com o filho de um ano, depois de tirar a sua própria vida por enforcamento. Esse é mais na triste estatística desse tipo de morte em Goiás.
Informações da esposa de Rafael noticiada no portal A VOZ DO POVO dá conta que a vítima padecia com uma depressão. Ela encontrou o seu esposo dependurado por uma corda amarrada ao pescoço, tentou retira-lo sozinho, não conseguiu, pediu a ajuda de um vizinho que chamou socorro.
A equipe médica ainda tentou reanima-lo, segundo informação do portal, porém sem sucesso.

Segundo relato de um ex-professor, Rafael era um estudante de comportamento recatado, não socializava muito no ambiente escolar.

O Suicídio é uma preocupação das autoridades médicas e religiosas, o Conselho Federal de Medicina (CFM) debate o assunto com a sociedade há muito tempo com a certeza que essa atitude pode ser evitada.

Para o CFM o suicídio é um problema de saúde pública que pode ser evitado ou reduzido em suas dimensões. Para tanto, é preciso uma sociedade engajada na defesa pela vida e gestores comprometidos com políticas públicas que realmente transformem esse cenário, sendo necessários, ainda, estudos e investimentos para prevenir a ocorrência deste ato.

O conselho Federal de Medicina defende um esforço concentrado entre diversos profissionais médicos, psicólogos, antropólogos no trabalho de debater um modo de orientar as pessoas.


O impacto dos números

Segundo dados da OMS, mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano em todo o mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. A cada três segundos, uma pessoa atenta contra a própria vida. Por isso, milhões de pessoas são afetadas por casos de suicídio a cada ano, incluindo o luto.
Em 2012, o suicídio foi a segunda maior causa de morte entre os 15 e 29 anos de idade, em todas as regiões do mundo. No mesmo ano, 75% dos suicídios ocorridos no mundo, foram em países de baixa e média renda. Também em 2012, o suicídio foi responsável por 1,4% de todas as mortes no mundo, tornando-se a 15ª causa de morte.

Coeficientes de mortalidade por suicídio são estimados em número de suicídios para cada 100 mil habitantes, ao longo de um ano. O do Brasil gira em torno de 11,4 (15 em homens; 8,0 em mulheres). Esse índice pode ser considerado baixo, quando comparado aos de outros países. O leste da Europa, por exemplo, possui coeficiente 27, enquanto o mundo apresenta taxa de 14,5.

Prevenção – 

Algumas medidas eficazes para a prevenção já são evidenciadas em pesquisas internacionais, como o treinamento de médicos para identificar e tratar corretamente episódios de depressão, a restrição ao acesso a meios letais (armas de fogo, venenos, medicações potencialmente letais, acesso a locais de onde o indivíduo pode se jogar) e o tratamento/acompanhamento de paciente após alta hospitalar de internação ou atendimento em posto de saúde devido a tentativa de suicídio.

Transtorno psiquiátrico – 

Segundo a ABP, diversos estudos apontam que mais de 90% das mortes por suicídio estão associadas a um transtorno psiquiátrico. Visando contribuir para a redução desses números alarmantes, a campanha Setembro Amarelo que acontece anualmente busca conscientizar a população acerca da importância da identificação e tratamento corretos das doenças mentais, o que traria um impacto direto na redução das mortes por suicídio.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a ABP e lançaram duas cartilhas com orientações acerca do tema: “Comportamento suicida: conhecer para prevenir”, um manual dirigido a profissionais da imprensa; e “Suicídio: informando para prevenir”, voltada aos profissionais da área de saúde.

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