Encerrado na tarde do
dia 01/11/2018 o julgamento do réu Paulo José Gomes, tenente da Polícia
Militar, que no dia 18 de julho de 2005 matou a tiros Mário Henrique Dias de
Brito. Ele foi condenado a 4 anos de reclusão em regime aberto.
Os jurados acataram a
tese da defesa feita pelo advogado Palmestron Cabral, que argumentou que o
então sargento Paulo Gomes, agiu sob violenta emoção, já que ele tinha sofrido agressão
anteriormente por duas vezes pela vítima ficando com um dos olhos desfigurado,
com sequelas. Assim, com essa atenuante, a pena base caiu de 6 para 4 anos de
prisão em regime aberto. Ambas as partes
tem um prazo para recorrer, pelo visto a defesa saiu satisfeita
A defesa manifestava
preocupação com uma possível reação do corpo de jurados, porque o réu era
militar e que este, ao desempenhar as suas funções pode realizar abordagens,
prisões e outros procedimentos que talvez não tenham agradado os jurados, mas
nada disso aconteceu, na visão da defesa “ o júri de Iporá demostrou essa galardia,
julgou sem parcialidade, julgou em cima do que as provas indicavam”, comemora a
defesa.
A defesa argumentou que
no dia do crime o então sargento Paulo Gomes embora estivesse sem farda, ele
estava numa missão “a sociedade precisa saber, que muitas vezes o policial está
descaracterizado, que é o caso do réu, ele não estava fardado não ostentava
arma visível porque estava em uma situação de determinação do comando para um
serviço de investigação sigiloso no que se referia ao tráfico de drogas.
O juiz Wander Soares
Fonseca lamenta o fato de ter que julgar um semelhante, “essa não é nossa
vontade” disse no plenário aos jurados, que eles estavam compartilhando com ele
“esse grande e honroso mister de julgar os nossos semelhantes”.
Na entrevista o
magistrado, fez uma prece: Ele pediu a Deus que os guarde, que os livres de
todas as más intenções. Pediu compreensão das famílias, disse que não está ali para
vingar, nem está ali para buscar a retribuição do dente por dente, olho por olho
mas que está ali para entregar aquilo que manda o ordenamento jurídico
brasileiro entregar a justiça. E que Deus nos ajude a isso!
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