Professor Flávio Sofiati - foto divulgação UEG |
A UEG campus Iporá
realizou de 22 a 24 de novembro o 7º COSEMP, Congresso de Educação, evento que
reuniu mais de duas mil pessoas entre acadêmicos e professores das redes
estadual e municipal.
A palestra de encerramento foi no auditório do IF goiano
com a temática: JUVENTUDE E DIREITOS HUMANOS NA SOCIEDADE ATUAL com os
professores doutores em sociologia Rezende Bruno de Avelar e Flavio Munhoz
Sofiati. Para o professor Flavio
Munhoz, autor de alguns livros sobre a juventude, a sociedade precisa mudar a
forma de educar os jovens, que hoje são levados a um individualismo sem medida,
a uma competição constante em nome de uma vida melhor no futuro. Os sociólogos
deram o nome a isso de a busca pela prosperidade, e apontaram algumas igrejas
cristãs como responsáveis por isso, quando pregam um cristianismo deturpado.
Prof. Rezende - foto divulgação UEG |
Os nossos jovens hoje
estão sendo levados por uma onda conservadora que levam a vários fatores, entre
eles, a cultura do “ salvem-se quem puder”, e isso leva a uma realidade social
que privilegia práticas individualistas e competitivas, e a sociedade acaba
vendo isso como natural, explica o sociólogo. “ O natural do ser humano é ser
competitivo, é ser individualista, alguns dizem, é preciso lutar pela sobrevivência”.
Explica Sofiati que nada é natural, tudo é construído socialmente do ponto de
vista da sociologia, Segundo ainda o professor, existem várias pesquisas que
apontam o contrário, que o indivíduo vai se construindo socialmente. Por aí percebe-se a importância dos educadores
na construção de um mundo melhor. É preciso dar um referencial na construção
social, nesse sentido o sociólogo disse que o problema é que os referenciais se
multiplicaram, se fragmentaram e no caso da religião, se proliferam a religião
puramente cultual, de culto ao dinheiro, e infelizmente, esse é o grande
referencial, diz ele. Cultuar o dinheiro significa valorizar as coisas, o ter e
a propriedade privada. O que esperar de um referencial desse? Indaga. Muitas
igrejas pregam o contrário da essência do cristianismo, que é a vida
comunitária. As igrejas se multiplicaram e investem nessa lógica do salve-se
quem puder.
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