domingo, 25 de junho de 2017

Rede de alta tensão em Iporá: 5 mortes e riscos constantes, CELG quer saída dos moradores.

Advogado tenta na justiça, que CELG retire rede de alta tensão que passa sobre casas em Iporá e oferece risco de morte para todos. Na ação, o advogado João Antônio Francisco (foto)  pede a esta empresa do setor elétrico que promova essa remoção. Segundo o advogado, são cerca de 90 propriedades em risco e que essa retirada seria a realização de um sonho dos moradores. A CELG quer o contrário, que os moradores saiam debaixo da rede, mas o advogado disse que a reintegração de posse pedida pela empresa não tem razão de ser.
Segundo ainda o advogado, 5 pessoas morreram em Iporá em função da rede de alta tensão, ele argumenta a legalidade dos moradores porque eles tem escritura dos terrenos, inclusive com energia elétrica, e isso, na opinião da defesa, já é prova de que quem deve deixar o local é a CELG e não os moradores.
A rede foi construída ainda no governo Emílio Garrastazu Médici  (1969 a 1974), à época não existiam as edificações, mas com o crescimento da cidade, as famílias conseguiram construir nessa área sem qualquer impedimento. E agora?.   

Vítima

Uma das pessoas mortas na rede de alta tensão é o trabalhador  Hélio Alves de Souza de 35 anos. Ele faleceu em 2016 quando trabalhava na construção de uma casa no setor Bela Vista. Ele teria encostado em um dos fios da rede e foi fatal. Hélio sofreu queimadura em 70% do corpo.
Essa rede de alta tensão que passa sobre a cidade é uma preocupação constante da população. Já houve movimento popular por sua retirada há cerca de 20 anos, houve ação judicial mas ninguém conseguiu.

A CELG alega que a rede existe desde 1970, antes da construção das casas e que já oficiou moradores e prefeitura para os riscos da não obediência a distancia, que deve ser de seis metros de cada lado.
As pessoas constroem embaixo da rede o que tem provocados riscos e alguns acidentes já registrados.


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