A rede diocesana de rádio atenta
aos fatos, busca sempre conscientizar a população sobre diversos assuntos. É
preciso informar melhor para ter opinião própria, eis um assunto instigante:
Mineração
O desenvolvimento econômico
sonhado por muitos municípios pode não ser uma boa ideia, principalmente se advindo da mineração é como um fogo de palha, no
início forma-se labaredas que ilumina,
mas logo passa e resta os estragos. Essa constatação pode ser tirada da opinião
de Jarbas Vieira - Movimento Pela Soberania Popular na Mineração – MAM.
Jarbas Vieira - MAM |
Iporá, na região Oeste de Goiás vislumbrou
a movimentação de exploração de níquel, e era a esperança de geração de
empregos e renda, mas logo se instaurou uma na crise financeira em 2008 e, essa
possível atividade foi cancelada.
Para o professor de geografia da
UEG Iporá, Valdir Specian, Iporá se livrou de um grande problema futuro. O MAM
(Movimento Pela Soberania Popular na Mineração) trabalha desde 2002 com as
comunidades afetadas pela mineração, é
um grupo que vê de perto os estragos.
Jarbas Vieira, em contato com
nossa reportagem explica parte dos estragos, diz ele que quando uma mineração
se instala a cidade ganha trabalhadores de diversas cidades do país, e com isso
aumenta os casos de prostituição, o consumo de drogas, a violência, exploração
sexual, exploração de menor entre outras situações. Releva Jarbas, que uma mina
geralmente provoca uma grande instabilidade social no município e o retorno
financeiro é muito ínfimo, não vale a pena o sacrifício.
Indagado se a região Oeste de
Goiás pode passar por isso, Jarbas disse que ninguém está livre, onde existe o
mineral, ele é passível de exploração, e a atividade depende de uma série de
fatores. Quando isso acontece, a instalação de uma usina, sacrifica-se o povo,
a água do local, a biodiversidade, o modo de viver, e tudo isso para atender a
interesses internacionais que nada trás de interesse para a cidade.
Como é a situação no Brasil –
A exploração da mineração
acontece hoje em 2000, (dois mil) municípios que recebem o CEFEM ( Contribuição
Financeira para Exploração Mineral), o royalties da mineração. Existem outras
minerações ilegais em aproximadamente 1.500 (mil e quinhetos) outros municípios.
Portanto ao todo no Brasil, segundo levantamento da MAM, existem 3.500 (três mil
e quinhentos) municípios explorando o minério.
O Movimento Pela Soberania
Popular na Mineração (MAM) está
inserido, organizado hoje em 13 estados brasileiros com ações concretas. 92 por
cento da mineração no Brasil concentra-se em Minas, Goiás e Pará em 62
municípios nesses três estados.
Reportagem.
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