Casas ocupadas de forma irregular em
Iporá, em 04 de agosto do ano passado, 2016, ganha mais um capítulo em sua
história. Ontem, dia 02, sete meses após a invasão, os moradores receberam uma
ordem da justiça para desocuparem as casas. Segundo um dos residentes, Nilomar
Pereira Silva, uma pessoa que se identificou como funcionário da prefeitura
batia de porta em porta, informava da decisão judicial e que havia um caminhão
para transportar a mudança para onde os moradores invasores indicasse. Os
moradores até que concordam e deixar o local, mas querem um local para serem
abrigados, Nilomar disse que os moradores são desempregados, alguns vivem de
bicos para sobreviver. Outro morador, Jazon, quer que a prefeitura faça um
levantamento da situação, eles reivindicam uma ação da assistência social para
que se faça justiça e acusa de aproveitadores, os políticos que aparecem por lá
sem solução para o problema, é só enrolação.
O caminhão ficou por um bom tempo lá e
voltou vazio, os moradores querem um tempo maior para se organizarem e dar
cumprimento a determinação judicial, disse uma das moradoras.
ENTENDA O CASO
Na administração do Prefeito José
Antonio da Silva Sobrinho ( 2009-2012) houve a adesão do município a um
programa habitacional do Governo Federal chamado de SUB-50, que seria uma
parceria nas esferas Estadual, Estadual e União. O município se comprometia a
doar o terreno e garantir a infraestrutura como asfalto, esgoto (fossas
sépticas), iluminação E SELEÇÃO DAS FAMÍLAS, o Governo Federal via ministério
das cidades, liberava os recursos para a compra do material e o Governo
Estadual através da Agência Goiana de Habitação (Agehab) faria contrato com uma
empreiteira para a construção.
NÃO FUNCIONOU
O Banco Paulista recebia os recursos, via cheque moradia e repassava a
empreiteira responsável por tocar a obra. Mas o problema é que houve atrasos no
repasse dos recursos, e até hoje as casas não foram concluídas.
Essa situação não é exclusiva de Iporá, problemas aconteceram em quase a
totalidade dos 86 municípios de Goiás que aderiram, nessa região o SUB-50
chegou a Iporá, Amorinópolis e Montes Claros e outros.
]A INVASÃO
Em agosto do ano passado, percebendo as
casas com obras em ritmo lento, as famílias que não fazem parte da lista de
espera, alegando que estavam pagando aluguel ou morando de favor resolveram
ocupar essas casas, e estão lá, vivendo em dificuldades, com banheiros
improvisados, sem água, mas resistem por 07 meses.
A OUTRA PARTE
As famílias selecionadas à época exigem
uma ação da prefeitura para promover a desocupação, se sentem prejudicadas pela
ação dos invasores mas não foram atendidos até o momento.
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