Réu ouvido pelo juiz |
A sequência do
julgamento dos acusados da morte de José Pereira Cabral, o Zé da Motinha
aconteceu nesta quinta-feira, 08 de novembro 2018 encerrando por volta das 18 horas.
Jair Martins de Melo foi condenado a 28 anos de reclusão em regime fechado, com
o conselho de sentença reconhecendo o réu como autor do homicídio e ainda culpado
da corrupção de menor. A pena imposta a Jair foi 3 anos superior a de seu
comparsa Antônio dos Santos de Oliveira, julgado em 05/11 pelo mesmo crime
porque a conduta criminosa dele conseguiu superar a de seu parceiro. Na decisão
escreveu o magistrado ser o réu de conduta social incompatível com o convívio
pacífico em sociedade. Ele tem uma condenação de 1998 quando matou a própria
irmã no dia do aniversário da mãe demonstrando assim o desajuste em sua conduta
social.
Defesa e acusação
Advogados de defesa |
Os advogados de defesa recorreram
da decisão, entenderam que a pena foi alta, sustentaram a tese de negativa de
autoria, argumentaram que as testemunhas, além de entrarem em contradição não
apontaram a participação de Jair e sim do outro já condenado. O advogado Eder José
de Castro reclama, disse que a sociedade já vinha condenando Jair .
Promotor |
Promotor de Justiça Vinícius
Castro Borges diz satisfeito do resultado, segundo disse, foi uma decisão
pautada nas provas do processo, os jurados tiveram acesso as provas periciais,
entendendo que o crime foi praticado na forma de emboscada.
O CRIME
Jair Martins de Melo e
Antônio Santos de Oliveira no dia 11 de janeiro de 2013, por volta das 01h00min,
no aterro sanitário de Iporá/GO, saída para o Município de Ivolândia/GO fizeram
uma emboscada e com golpes de facas, causaram diversos ferimentos e ceifando a vida
de José Pereira Cabral, que praticamente foi degolado.
O inquérito policial
apurou que no dia 11 de janeiro de 2013, Jair Martins de Melo e Antônio Santos de
Oliveira se encontravam na residência do menor S.S. O então com 14 anos incompletos.
Eles combinaram que iriam até o Aterro Sanitário para matar José Pereira Cabral, vulgo Zé da Motinha que
residia numa humilde casa, naquele local. Segundo o inquérito policial, o papel
do menor seria de desligar o relógio de energia da casa da vítima, para que José
Pereira Cabral saísse, quando então seria atacado pelos demais denunciados. E
assim procederam.
A vítima tentou sair de
casa, com uma lanterna na mão, para religar a energia, quando foi atingida com
um soco na cabeça, dado por Jair Martins de Melo, que se encontrava à espera,
próximo à porta da residência, o que fez com que José Pereira Cabral caísse
sobre uma cadeira. A vítima, que se encontrava nua, saiu passando por debaixo
das pernas de Jair, rumo ao matagal, gritando socorro, na tentativa de
salvar-se da emboscada.
A vítima oi encontrada
por Antônio, e os três desferiram dezenove golpes de faca por todo o corpo
provocando lhe a morte.
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