quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Iporá Go comunidade Pilões recebe certificado Quilombola.

Sebastiana Roberta recebe certificado Pilões


A comunidade Pilões, de Iporá (GO), foi oficialmente reconhecida como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares (FCP) em cerimônia realizada nesta quinta-feira, 27 de dezembro de 2018, em Brasília. O evento marcou a certificação de oito comunidades goianas, entre elas Papuã (Pilar de Goiás), São Félix (Matrinchã), Cristianinho (Caiapônia), Vale do Rio Corumbá (Corumbá), Tupiraçaba (Niquelândia), Vargem Grande do Muquém (Niquelândia) e Cachoeirinha (Vila Propício).










Sebastiana Roberta, servidora pública municipal, membro da família Pilões, radialista /Geografa Rosângela Eduardo Eduardo, Professor Vereador Paulo Alves e a professora mestre em questões raciais Madalena Freitas (foto) foram receber o certificado.





 

Representando Pilões, participaram da solenidade a servidora municipal Sebastiana Roberta, a radialista e geógrafa Rosângela Eduardo, o professor e vereador Paulo Alves e a professora mestre em questões raciais Madalena Freitas.

 

Ao todo, 144 comunidades foram certificadas pela Fundação Cultural Palmares em 2018. Ligada ao Ministério da Cultura, a FCP destaca que o reconhecimento fortalece a identidade quilombola e amplia o acesso a políticas públicas, incluindo programas como a titulação de territórios, o Pronaf, o Minha Casa, Minha Vida e o Brasil Quilombola.

 Segundo a diretora do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro da FCP, Carolina Nascimento, a certificação é o primeiro passo para a regularização territorial — principal demanda dessas comunidades — e garante visibilidade às populações quilombolas. Entre os benefícios acessíveis a partir do reconhecimento está o Bolsa Permanência, auxílio financeiro destinado a estudantes de graduação indígenas e quilombolas em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

 

A Fundação Palmares também desenvolve ações como a distribuição de cestas de alimentos a famílias em insegurança alimentar, meta que em 2018 foi de atender 38 mil famílias, e mantém o Cadastro Geral das Comunidades Quilombolas, ferramenta on-line para mapear a realidade social, econômica e cultural desses territórios.

 

O processo de certificação exige que a comunidade se autodeclare quilombola, tenha associação formal ou deliberação em assembleia, e apresente documentação que comprove sua história e manifestações culturais. Após análise técnica de antropólogos e historiadores da FCP e avaliação do Incra, o certificado é emitido, garantindo às comunidades o direito de reivindicar políticas e programas específicos.

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