sábado, 11 de novembro de 2017

AGONIA DO POVO, BRASIL, BRASILEIRO!


Num país onde a corrupção corre a solta e, onde a indignação da maioria do povo não é capaz de promover a recuperação do dano causado aos cofres públicos, onde a descoberta do crime não se transforma em punição mas em benesses, como prisão domiciliar em mansões ou privilégios em prisões do conforto de boa alimentação, entretenimento, banho de sol, e coleguismo com os outros encarcerados, não pode ser levado a sério.

Um país onde o trabalhador paga o pato pelos crimes do colarinho branco, com leis severas para beneficiar os ricos; um país onde se paga pela aposentadoria e não se terá direito a ela, num país onde os pobres são tratados com desdém nas filas de hospitais, não existe seriedade e nem esperança!

Aqui, igrejas, em nome de Deus, exploram o povo, constroem grandes templos, garantem conforto a quem deveria só servir, onde, em nome da liberdade religiosa, pode-se enganar o próximo porque nunca haverá punição.

 Aqui, na terra do faz de conta, a transparência é turva, a torpeza é garantia de futuro, o grito não ecoa, a fé engana e a vida vale apenas a bala da arma, ou a sujeira da faca.

Revolução… Pra quê? Revoltar-se pra quê? Recorrer-se a quem?

Aqui os salvadores da pátria são algozes, os heróis são vilões, e os santos são demonizados e os sonhos são pesadelos!


Despertar-se jamais! Acordar?... Não existe esperança na terra de ninguém, aqui a vida está sempre por um vintém, aqui é terra de ninguém.

Por Pedro Claudio Rosa,
 Um ninguém na multidão  
Iporá, Goiás, 12 de novembro 2017