Quem casa quer casa!
Por Pedro Claudio Rosa
Jogo político, mudança
de postura, resultado surpreendente na disputa pela presidência da mesa
diretora da Câmara. 2017 começou pegando fogo, no calor de 35 graus, com fogos
de artificio no lago Pôr do Sol, posse de políticos eleitos e, principalmente
eleição na câmara de vereadores. Acompanhamos atentamente todos os fatos, vimos
e escutamos até onde nossa capacidade de percepção permitiu. Como diria
Aristides Lobo em 1889, o povo assistiu bestializado à proclamação da
República”.
Eis os fatos que devem
ficar para a história:
Na última semana do ano
o vereador Suélio Gomes do PTN, ligado ao grupo de situação, foi convidado a
participar do programa 12ª Hora nas rádios Felicidade FM e Rio Claro AM para
esclarecer boatos que ele articulava para ser o presidente da Câmara de
Vereadores. Como pode isso? Seu grupo político era minoria na casa, só 5 contra
8, para surpresa de todos, o vereador anunciou que não seria mais candidato
porque havia conquistado apoio da maioria mas que foi informado por um deles,
Didi Coutinho, que não votaria mais nele, e assim desistiria da disputa. Ele
chamou Didi de traidor, de homem que não honra a sua palavra. Suélio no entanto
não revelou a existência de outras articulações e deixou entendido que a oposição
seria vencedora.
Vereador Aurélio presidente em 2017 |
Ouvido nos mesmos
programas, nas rádios Felicidade e Rio Claro, Didi Coutinho justificou a sua
mudança. Ele confirmou que havia se comprometido com o Suélio, a quem diz ser
muito amigo, teceu elogios ao companheiro, como pessoa honesta e bom pai de
família, mas que não poderia honrar esse seu compromisso a pedido de seu
partido, o PMDB, já que recebera visita de um deputado e que estava com seu
mandato ameaçado, caso desobedecesse tal orientação, inclusive citou o fato de
um ex-pmdbista, atual vice prefeito, (até 31 de janeiro 2016) Adeilton José
Ferreira, que, quando vereador fora expulso. Disse que entre perder o mandato
ao votar no Suélio, e não honrar seu compromisso ele preferira a segunda opção.
Dito e feito, foram
todos para a votação na câmara! No site Oeste Goiano foi publicada a notícia
dando como certa a vitória da chapa encabeçada por Adriano Sena Silva Coutinho,
já que a oposição tinha maioria. O certo não tava certo! Deu errado!
Na votação teve um dos
vereadores, não sei se intencional ou não, votou errado, riscou todo o nome da chapa,
que supostamente seria de sua preferência ao invés de marcar um quadrinho. Ele
iria votar na chapa de oposição, pelo que falaram no dia. Um dos vereadores,
Paulo Alves do PT, disse que alguém poderia ter se confundido, a cédula de
votação tinha letras pequenas, outro, Divino Pirigoso do PR, disse que na casa tinha
vereadores que estavam votando pela primeira vez, e que seria normal o
nervosismo e erro. Sob protestos de alguns, o presidente da casa, Aurélio
acatou a sugestão de confeccionar novas cédulas e proceder com nova votação.
Assim foi feito!
Na apuração dos votos
nessa nova votação, o resultado surpreendeu muita, gente, os que estavam por
fora das articulações políticas, o grupo que tinha 6 votos, porque Paulo
Maizena já havia declarado em quem votaria, ele, fazia composição com a
situação, ganhou mais um voto e venceu de 7 a 6. Coisas da política.
No final, ninguém ficou
sabendo quem seria o vereador que anunciou o voto em um grupo e na hora votou
em outro. Será que a cédula teria que ser maior ainda?
Na democracia, o eleito
vereador eleito presidente, Aurélio disse que era vereador de todos, e não de
um grupo, endossou discurso de alguns, que todos deveriam unir por Iporá. O
Vereador derrotado, chateado com o resultado, Didi Coutinho, disse que sairia
tranquilo da disputa, que a derrota faz parte do jogo. E acabou!