segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Para onde iremos?


Por onde caminha a humanidade? 
Por diácono Pedro Claudio

Iporá, 17/09/2018
Diácono Pedro Claudio- Opinião

Pergunta que já foi tema de livros, debates entre sociólogos e conteúdo escolar, difícil é responder a essa indagação, já que a cada dia, a cada momento percebemos a instabilidade do ser humano, definitivamente somos seres conflituosos. E nem precisa de estudos, de pesquisas para chegar-se a esta conclusão, basta que olhemos à nossa volta, nesse tempo presente para perceber a vulnerabilidade humana diante de diferentes visões de mundo tão diferentes e do quanto somos influenciáveis.

Olhemos para a revolução francesa de 1789, pondo fim a uma sociedade piramidal, eliminando privilégios, ditando novas regras para uma sociedade,   Liberté, Égalité, Fraternité eram os princípios apregoados, liberdade, igualdade e fraternidade para todos. Assim esperava a humanidade, mas logo que assumiram o poder, os líderes do movimento dispersaram, os ideais mudaram e, as coisas no mundo à época não voltaram como eram, mas também não tomaram o rumo proposto, o que acontece até os dias atuais.

Chegamos às eleições em 2018, os defensores da democracia, da melhor distribuição de renda, do salário justo para todos se perderam em meio a conquista do poder, como diria minha mãe “bobo quando nunca comeu melado, quando vai comer se lambuza”, o poder fez mal a muita gente. Chega de benesses aos poderosos, agora é nossa vez! Os justiceiros pegaram parte do chicote e também começaram a bater, mudaram de lado, como diria minha mãe, todos farinha do mesmo saco.

Na história mais recente no Brasil, a ditadura militar ceifou vidas, torturou, provocou suicídio, governou com mão de ferro, cassou-se a democracia, aí pensamos: tá tudo superado, nada mais de  AI-5 de 1968, agora os tempos são outros!  Ledo engano. O Chicote continuou a ser usado, agora ganhou foi outras mãos.

Na história da humanidade tudo sempre foi e é muito confuso, não há lógica no pensamento e nem no agir humano, a vida é como um jogo de futebol, como diriam diversos cronistas esportivos, incluindo o eterno técnico de futebol, professor Arnor Teodoro, o jogo é jogado e o lambari é pescado. Isso para dizer que nada é certo, que tudo é incerto.

Veja só: Tem cristão empunhando a bandeira do algoz de Jesus, e aos montes, tem defensores da vida pretendendo a morte de outrem em prol da propriedade.  E falam com convicção. Defendem o aborto, defendem pena de morte e por aí se vai… Como escrevera a dupla sertaneja Tião Carreiro e Pardinho  nos anos 70 “Onde é que nós estamos oh meu Deus tem dó da gente, mundo velho já deu, Flor carunchou toda a semente, virou um rolo de cobra serpente engole, Serpente, quem vive lesando a pátria dando pulo de contente e o pobre Trabalhador é o escravo na corrente."

Assim caminha a humanidade, é por isso que justifica uma oração cristã muito antiga que aqui insiro:

Salve Rainha

Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva; a vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei; e depois deste desterro nos mostrai Jesus, bendito fruto do vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogai por nós, santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

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